terça-feira, 20 de setembro de 2011

EXPLORAÇÃO VOCACIONAL

Explorar é procurar conhecer, isto é, envolver-se activamente na procura de conhecimentos em determinada área e com determinados objectivos. Aqui, trata-se da área vocacional e com objectivos vocacionais.

Fazer exploração vocacional é imprescindível ao desenvolvimento vocacional.

A exploração vocacional envolve três aspectos muito importantes:

  • O conhecimento de si: autoconhecimento;

  • O conhecimento do meio: alternativas de formação escolar e profissional, exigências de cada modalidade de formação, perspectivas de empregabilidade no domínio de formação escolhido, instituições de formação e seus requisitos, custos da formação, recursos e apoios possíveis, etc;

  • O processo de tomada de decisão: a decisão planeada, isto é, baseada nos dados recolhidos, na análise das alternativas e respectivas consequências, na escolha da alternativa mais vantajosa. A não ser assim a decisão será impulsiva, fortuita, ao acaso.

O conhecimento de si próprio - Aptidões

São tendências que o indivíduo possui e que lhe permitem adquirir conhecimentos, habilidades ou destrezas, fazendo para tal, uma aprendizagem adequada.

Para desempenhar uma determinada profissão é necessário ter algumas aptidões que facilitarão um bom desempenho na mesma.

Quando se fala em aptidões as  referidas com mais frequência são: aptidão perceptiva, raciocínio abstracto, raciocínio numérico, raciocínio espacial, raciocínio verbal, raciocínio mecânico, destreza manual, aptidão artística, aptidão musical, aptidão física, aptidão para a liderança, atenção, memória.

As aptidões devem ser desenvolvidas através da aprendizagem e do treino, de modo a tornarem-se verdadeiras capacidades e competências para resolver os problemas que nos surgem. Se eu tiver aptidão para a música, por exemplo, e não a desenvolver, esta não evoluirá de forma  expressiva.

Actividade
1. Faz um balanço das tuas aptidões: elevadas … médias … baixas …

2. Procura relacionar as tuas aptidões e capacidades com cursos e profissões.
    Exemplo: aptidão numérica – cursos e profissões que exigem Matemática.
                  aptidão artística – cursos de artes visuais, de artes decorativas, etc..


O conhecimento de si próprio - Interesses profissionais

São o resultante das tendências, atracções, inclinações, predisposições, conveniências para determinados domínios ou áreas profissionais. Os interesses são mais que gostos.

Podemos gostar de uma profissão mas não sentirmos um verdadeiro interesse profissional por ela.

Os investigadores nesta área dos interesses profissionais enumeram um conjunto bastante alargado dos mesmos: interesses científicos, tecnológicos, matemáticos, burocráticos, serviço social, ensino, negócios, relações sociais, artísticos, literários, musicais, ar livre, manuais. Há uma boa correspondência entre interesses profissionais e aptidões profissionais.

Actividade
1. Faz um balanço dos teus interesses profissionais: atribui os níveis de elevado, médio, baixo a cada um dos tipos de interesses antes apontados.

2. Procura relacionar os teus interesses de nível elevado com áreas profissionais e com profissões. Por exemplo, interesses tecnológicos com profissões como…


O conhecimento de si próprio - Personalidade, modo de ser

Todos nós temos ou desenvolvemos em maior ou menor grau, determinadas características de personalidade que nos podem ser mais ou menos favoráveis em determinadas profissões: introversão, extroversão, dependência, autonomia, timidez, liderança, perseverança, bom humor, actividade, passividade, criatividade, impulsividade, autocontrolo, teimosia, espírito de minúcia, organização.

Actividade
1. Faz uma reflexão sobre as tuas características de personalidade e destaca as que consideras mais relevantes.

2. Procura relacionar o teu modo de ser com áreas profissionais e com profissões. Identifica cinco profissões que possam relacionar-se bem com as tuas características de personalidade.

3. Há coincidência ou compatibilidade entre as profissões identificadas e os teus interesses profissionais?

O conhecimento de si próprio - Valores

Os valores dizem respeito ao conjunto de ideiais de ums cultura a que o indivíduo pertence. Podemos identificar valores políticos,éticos, religiosos, económicos, sociais, familiares, éticos. No quaotidiano poderemos nem pensar neles, contudo sempre que tomamos decisões, estes estão presentes e influenciam-nas.

Quando escolhemos um curso ou uma profissão podem estar em confronto valores sociais e valores económicos ou outros.

Para alguns, os valores económicos (dinheiro, propriedades, negócios) estarão em primeiro lugar, para outras poderão ser os valores sociais (ajudar os outros, trabalhar em causas sociais) ou os valores familiares (constituir uma família, acompanhar os filhos ) ou os valores científicos (estudar, investigar…).

Actividade
1. Faz uma reflexão sobre os seus valores, isto é, sobre aquilo que consideras mais importante na vida.
Exemplos: dinheiro, solidariedade, justiça, liberdade, honestidade, prestígio social, vida familiar, aventura, saber/conhecimento, paz, amizade.

2. Procura relacionar os valores mais importantes para ti com hipóteses de cursos e profissões onde possasperseguir esses valores.

3. Tem em conta que, em qualquer actividade profissional é possível perseguir diferentes valores!




O conhecimento de si próprio - Competências sociais

Saber estar com os outros, saber viver em sociedade, ser capaz de se relacionar com outras pessoas, sentir-se integrado, participar, ouvir, colaborar. É ao nível das competências sociais que a sociedade actual faz mais exigências aos indivíduos para que este se integre e se realize.

Há indivíduos mais vocacionadas para as relações sociais, do que outras, que preferem trabalhar mais isolados (no gabinete, no atelier, no escritório, na oficina).

Estas competências desenvolvem-se e o indíviduo que não o tenha feito, poderá confrontar-se com a dificildade de atingir sucesso, dado que estas são competências importantes, exigidas pela sociedade actual.

Actividade
1. Faz o balanço das tuas competências sociais: em que ambientes, em que situações te sentes melhor e rendes mais – ambientes de elevado, médio ou baixo nível de relacionamento social?

2. Relaciona essas tuas competências sociais com profissões e exigências profissionais.


O conhecimento de si próprio - Motivações

Para além das necessidades básicas vamos encontrando motivos/razões para o nosso trabalho, para o nosso esforço.

As motivações têm a ver com todas as variáveis anteriores mas poderemos dizer que são forças que, no quotidiano motivam e nos levam a acções. Estudamos por exemplo, porque queremos ter bons resultados, porque queremos agradar aos pais, porque queremos saber mais, porque queremos concluir o curso, etc.

Algum destes motivos, ou alguns, ou todos em conjunto, que nos motivam para estudar. Quando não temos motivos dizemos que estamos desmotivados. Por vezes são os primeiros dificuldades ou insucessos que nos enfraquecem a motivação (a vontade). Contudo a desmotivação não é construtiva, não nos leva a lado nenhum!

Actividade
1. Quais são as tuas verdadeiras motivações para estudar? Querer saber mais, querer ter bons resultados, querer fazer um curso, querer agradar aos pais, ter medo dos pais?

2. Relaciona as tuas motivações com as exigências das opções vocacionais. Estudar por medo ou só para agradar aos pais não é uma motivação forte; andar na escola por andar é ausência de motivação; estudar por gosto, com muita vontade revela um elevado nível de motivação.

3. A tua motivação para estudar é elevada, média ou baixa?

4. Sentes-te mais motivado para a investigação ou para a acção? Para trabalho mais teórico ou mais prático?

5. Identifica cinco profissões que se relacionem com as tuas motivações mais elevadas.

6. Tem em conta que, ao longo da vida, poderás fazer várias coisas e a profissão é apenas uma área de realização.

7. As pessoas com elevada motivação para o sucesso são pessoas optimistas, que aceitam novos desafios, que não têm medo de falhar, que confiam nas suas capacidades, que estão dispostas a aprender com os erros, que encaram as dificuldades como oportunidades de aprender. Podes ser uma pessoa deste tipo!

 
O conhecimento de si próprio - Capacidades

O que me sinto capaz de fazer?

De que sou capaz? Até onde poderei chegar?

Estas são questões que podemos fazer a nós mesmos.

Capacidades:  físicas, manuais, cognitivas, linguísticas, artísticas, musicais, técnicas, de organização, de liderança, de relacionamento social, de trabalho.

Os resultados escolares poderão ser bons indicadores das nossas capacidades.
As disciplinas em que ao longo dos anos  obtemos melhores ou piores resultados, em que nos sentimos mais ou menos à vontade e aquelas em que sentimos mais ou menos dificuldades, dão-nos alguma ideia  das nossas capacidades.

Por exemplo: um bom aluno a Matemática,  além da capacidade de atenção e concentração, terá também uma boa capacidade de raciocínio matemático; um bom aluno em Educação Visual poderá estar a demonstrar boas capacidades artísticas e de visualização espacial; um bom aluno em Educação Tecnológica revela e desenvolve capacidades para trabalhar com os vários materiais e equipamentos técnicos.

Contudo, em casa ou noutros locais de trabalho, quando acompanhamos e ajudamos os nossos pais ou outros profissionais também podemos revelar as nossas capacidades.
Nos tempos livres podemos também testar ou revelar as nossas capacidades: para o desporto, para a música, para a dança, para os problemas de ordem técnica, etc.

As capacidades distinguem-se das aptidões dado que estas são apenas um potencial para qualquer coisa, enquanto as capacidades são já realidades.

Actividade
1. Quais as disciplinas em que tens obtido melhores resultados e em que te sentes mais à vontade (sobretudo a partir do 7º ano)?

2. Que outras capacidades tens revelado? Para a música, para o desenho, para o desporto, para a dança, para trabalhos manuais, para o cálculo…

3. Que cursos e profissões estarão associados a essas capacidades?

4. Compara os resultados com as tarefas anteriores, especialmente com aptidões e interesses profissionais. Vê se há coincidências.


O conhecimento do meio

É possível tomar boas decisões vocacionais quando se conhecem as hipóteses de formação, os cursos e as respectivas saídas profissionais.

Se se conhecem os vários cursos, as suas exigências e as perspectivas de saídas profissional, então estamos em melhores condições para que façamos uma escolha acertada.

Ensino Secundário

Existem as seguintes alternativas no Ensino Secundário:
. Ensino Regular 
· Ensino Profissional 
· Ensino Artístico Especializado


Actividade
1. Conheces as várias modalidades do ensino secundário?

2. Qual dessas modalidades te parece mais conveniente e vantajosa? Porquê?

3. Qual o curso do ensino secundário que tencionas escolher? Porquê esse?

4. Confronta a tua opção, se for o caso, com as respostas às várias tarefas anteriores (aptidões, interesses, motivações, capacidades…).

5. Parece-te uma opção fundamentada?

6. Se tens muitas dúvidas podes pedir ajuda de familiares, professores, etc..



Tomada de decisão

Em qualquer momento se pode tomar uma decisão importante, mas há momentos ao longo do percurso escolar, em que o sistema educativo, impõe a tomada de decisões importantes para o futuro: final do ensino básico, final do ensino secundário, final do ensino superior.

No final do ensino básico há que escolher uma modalidade de ensino/formação e um curso específico dentro dessa modalidade.

Examina as várias etapas duma decisão planeada.
Actividade 
1. Estás no 9º ano, já tens ideia da opção que vais fazer no final do ano?

2. Estás bem informado as várias alternativas (cursos) que o sistema de ensino oferece?

3. Refere quais as razões que justificam a tua escolha: Capacidades? Gostos? Características de personalidade? Valores? Influências familiares? Influência de colegas? Outras?

4. Observa e reflecte acerca dos planos curriculares do(s) curso(s) pelo(s) qual(ais) vais decidir (cursos científico-humanísticos, cursos tecnológicos, cursos profissionais, etc.).

5. Estás informado acerca das saídas profissionais da escolha que vais fazer?

6. A escolha que queres fazer prepara-te para o curso ou cursos superiores a que tencionas candidatar-te?

7. Em que escola(s) funcionam esses cursos? Em que escola(s) te conviria mais frequentar o curso que vais escolher?

8. Se tens algumas dúvidas recorre a quem te possa ajudar.

Actividade
1. Sabes que opção que vais fazer? Continuar a estudar? Em que curso? Procurar uma formação profissional mais curta? Procurar trabalho?

2. Quais são as várias alternativas que estás a considerar  e entre as quais estás a decidir?

3. Menciona quatro ou cinco razões que justificam a tua decisão.

4. Se tens algumas dúvidas não percas tempo, e pede opiniões de pessoas da tua confiança e de serviços especializados.

Actividade
1. Já tens ideia de qual vai ser o teu percurso escolar e profissional?

2. As tuas opções têm sido pensadas e planeadas?

3. Qual a tua próxima decisão vocacional importante?

4. Há objectivos imediatos como melhorar resultados escolares, desenvolver determinadas competências, organizar melhor o tempo, objectivos a médio prazo como fazer um curso, fazer um estágio, obter um grau académico, etc. e objectivos a longo prazo como ingressar numa profissão, iniciar uma carreira profissional, etc..

5. Se tens algumas dúvidas deves procurar o apoio de alguém que possa ajudar-te. É natural que tenhas dúvidas.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fazer para participar...


Apoiar os alunos no seu processo de desenvolvimento vocacional.

O desenvolvimento vocacional é um dos aspectos importantes na construção da identidade de cada pessoa e do seu desenvolvimento pessoal e social.

Neste processo de crescimento e de desenvolvimento, surgem as posturas críticas, as   dúvidas, as questões, os conflitos consigo próprio e com o que o rodeia, e o jovem começa a procurar o seu próprio percurso, a desejar e a  precisar de decidir autonomamente, até porque a consciencialização das suas mudanças, das suas capacidades para reflectir e até de tomar decisões. A influência dos grupos e dos amigos nas tomadas de decisão é grande e inevitável, mas é também importante que estas sejam partilhadas com a família e acompanhadas por ela.

O papel da  família é muito importante em todo este processo, cabendo-lhe participar de uma forma activa e personalizada no desenvolvimento maturativo do jovem proporcionando-lhe vivências que sejam facilitadoras da aquisição e desenvolvimento de competências fundamentais para a sua integração na vida profissional e laboral.

Este papel tão importante da família não lhe exige a prática de tarefas complexas, sendo apenas importante que se partilhem as vivências dos membros trabalhadores, acerca dos seus locais de trabalho, das actividades profissionais, que se converse acerca das dúvidas, das dificuldades, dos contratempos, dos desafios e dos ganhos profissionais de cada um, dos inevitáveis esforços de adaptação às mudanças (como das alternativas e aos percursos profissionais).

A tendência actual do mercado de trabalho é a da maior diversificação de actividades, de funções, de ocupações profissionais e de locais de trabalho. esta mudança constante a que se assiste, faz com que o mercado de trabalho seja cada vez mais complexo e exigente. Face a esta realidade, temos que nos consciencializar de que a formação inicial necessária e exigida para muitos postos vem a ser cada vez mais profissionalizada, aumenta o tempo de escolaridade obrigatória, e a aprendizagem não se limita à feita na escola ou na faculdade, mas assume um carácter de continuidade de educação e formação ao longo da vida profissionalmente activa, sem as quais será impossível acompanhar os desenvolvimentos da ciência, tecnologia e sociais.

Concluído o 9º ano de escolaridade os jovens têm que fazer escolhas, prosseguir os teus estudos ou optar por procurar empregos, ou seguir o ensino qualificante ou não qualificante. Mas estas escolhas não são feitas apenas quando concluído o ano, têm que ser pensadas ao longo do tempo, para que o processo de tomada de decisão vocacional seja o mais adequado a cada um, e nele cada jovem terá de assumir as suas próprias responsabilidades e participar activamente,  ainda que possam contar com a colaboração da família, dos amigos, dos docentes e dos psicólogos, mas a decisão é sempre pessoal.

As decisões tomadas no final do 9º ano de escolaridade, devem ter em conta os interesses e aptidões do jovem, os seus projectos escolares e profissionais e o seu auto-conhecimento. As decisões não são irreversíveis,  pois é sempre possível reformular opções e alternativas, mas têm consequências de que o jovem deve ter  consciência (conhecimento pelas alternativas disponíveis), desde que toma a decisão inicial.
Para que haja uma adequada tomada de decisão o jovem precisa de:  traçar os seus próprios objectivos (a curto e a longo prazos), recolher informação, avaliar as alternativas ... (quanto mais, maior a liberdade de escolha), fazer opções e avaliação da escolha (das consequências).

O papel da família e do encarregado de educação é orientar, que significa guiar, não significa escolher pelo jovem ou escolher para ele, quer dizer estar presente,  motivar,  realçar os aspectos positivos do jovem,  apoiar as suas opções, para que ele tenha a possibilidade de tomar uma decisão ponderada, coerente e reflectida.

É importante que a família encoraje o jovem a fazer uma exploração planeada em vez de esperar apenas pela tomada de decisão relativamente à formação e/ou profissão pretendida. O mais importante não é o jovem ser capaz de dizer o que quer ser, é  saber porque que é quer ser aquilo. O mais importante é a forma como o jovem se implica, envolve e participa, com o objectivo de se descobrir e conhecer a si próprio e de construir um projecto de vida seu e para si. Com o apoio da família, o jovem é capaz de efectuar uma exploração planeada e de, identificar da melhor forma a tarefa de escolher uma profissão.

Ajude o jovem a construir o seu projecto de vida:
- Encorajando-o a descobrir os seus interesses (o que gosta mais e menos) e capacidades (para que tem mais jeito), através das diferentes actividades diárias;
- Sensibilizando-o e ajudando-o a descobrir a realidade profissional envolvente, por exemplo, na sua empresa, ou junto de familiares e amigos;
- Proporcionando-lhe oportunidades de contacto com diferentes áreas profissionais;
- Valorizando as suas ideias, e opções, discutindo-as de forma aberta;
- Encorajando-o sempre que alguma coisa não corra bem, e incitando-o a tentar de novo;
- Apoiando-o na pesquisa de informação, como forma de se manter actualizado.

Os pais/encarregados de educação que pretendam agendar um atendimento deverão fazê-lo por telefone (ver contactos).

SAÍDAS PROFISSIONAIS



Existem mais de duas centenas de profissões, é importante que conheças as grandes áreas em que estas se agrupam.

 
Informa-te e verás que encontrarás novos percursos profissionais e entre eles e poderás encontrar o teu. 



Links

Informação sobre as Profissões
http://www.iefp.pt/formacao/profissional/Paginas/ReferenciaisFormacao.aspx
(Instituto de Emprego e Formação Profissional, IEFP)

http://cdp.portodigital.pt/profissoes
(Cidade das Profissões)

http://www.edusurfa.pt/profissoes.asp
(Edusurfa)

http://www.catalogo.anq.gov.pt/Paginas/Inicio.aspx
Catálogo Nacional de Qualificações

ENSINO NÃO QUALIFICANTE


O QUE É O ENSINO NÃO QUALIFICANTE?

O ensino não qualificante é a via de ensino que está mais dirigido para o prosseguimento de estudos de nível superior, isto é, quando os alunos terminam o 12º ano de escolaridade e se candidatam ao ensino superior de carácter universitário ou politécnico.

Nos cursos que integram este tipo de ensino predomina o ensino de conhecimentos teóricos. São também a alternativa de percurso de ensino após o 9º ano de escolaridade, de carácter mais abstracto.

Os cursos disponíveis, têm a duração de 3 anos, conferem a certificação (um diploma) de conclusão do ensino secundário e funcionam nas escolas públicas do ensino secundário e em estabelecimentos de ensino privados.

Para a conclusão dos Cursos Científico-Humanísticos, os alunos estão sujeitos a uma avaliação sumativa interna atribuída pelos professores das disciplinas e também a uma avaliação sumativa externa, através da realização de exames nacionais, nas disciplinas previstas na lei.


CURSOS CIENTÍFICOS HUMANÍSTICOS

O QUE SÃO?

Os cursos científico-humanísticos estão vocacionados para o prosseguimento de estudos de nível superior, têm a duração de 3 anos lectivos correspondentes aos 10º, 11º e 12º anos de escolaridade.

QUEM SÃO OS DESTINATÁRIOS?

Os cursos científico-humanísticos destinam-se aos alunos que, tenham concluído o 9º ano de escolaridade ou equivalente, e pretendam obter uma formação de nível secundário.

QUAL A CERTIFICAÇÃO?

Diploma de conclusão do ensino secundário.

ONDE SÃO MINISTRADOS?

Nas escolas públicas ou particulares com ensino secundário.

QUAIS SÃO OS CURSOS ESPECÍFICOS?

Existem quatro cursos neste tipo de ensino:

• Ciências e Tecnologias;
• Ciências Socioeconómicas;
• Línguas e Humanidades;
• Artes Visuais.

PLANOS DE ESTUDOS DOS QUATRO CURSOS EXISTENTES

FORMAÇÃO GERAL
(comum a todos os cursos)
10º/11º/12º anos Português e Educação Física
10º/11º anos Língua Estrangeira I, II ou III(a) e Filosofia
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
(um curso à escolha)
Ciências

 Tecnologias
10º/11º/12º anos
Matemática
A
Opções (b) 10º/11º anos 
Física e Química A 
Biologia e Geologia
Geometria Descritiva A
Opções (c)
12º ano 

Biologia 
Física 
Química
 Geologia
Opções (d) e (e)
12º ano

Antropologia 
Aplicações Informáticas B
Ciência Política
Clássicos da Literatura
Direito
Economia
Filosofia A
Geografia C
Grego
Língua Estrang. I, II ou III* 
Psicologia 
Ciências
Sócio-
Económicas
10º/11º/12º anos 
Matemática A
Opções (b)
10º/11º anos 

Economia A
Geografia A
História 
Opções (c)
12.º ano 

Economia C
Geografia C
Sociologia
Opções (d) e (e)
12º ano 

Antropologia
Aplicações Informáticas B
Ciência Política
Clássicos da Literatura
Direito
Economia C
Filosofia A
Geografia C
Grego Língua Estrangeira I, II ou III* 
Psicologia


Línguas
e
 Humanidades
10º/11º/12º anos 
História A
Opções (b)
10º/11º anos

Geografia A
Latim A
Língua Estrangeira I, II ou III
Literatura Portuguesa
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
Opções (c)
12º ano
•  Filosofia A
Geografia C
Latim B
Língua Estrang. I, II ou III*
Literatura da Língua Portuguesa
Psicologia B
Sociologia
Opções (d) e (e)
12º ano

Antropologia
Aplicações Informáticas B
Ciência Política
Clássicos da Literatura
Direito
Economia C
Grego




Artes Visuais10º/11º/12º anos
Desenho A
Opções (b)
10º/11º anos

Geometria Descritiva  A
Matemática B
História da Cultura e das Artes
Opções (c)
12º ano

Oficina de Artes
Oficina Multimédia B
Materiais e Tecnologias
Opções (d) e (e)
12º ano

Antropologia
Aplicações Informáticas B
Ciência Política
Clássicos da Literatura
Direito Economia C
Filosofia
Geografia C
Grego
Lingua Estrang. I, II ou III*
 Psicologia B
12º ano Área de Projecto (f)
10º/11º/12º Educação Moral e Religiosa (g)
(a) O aluno escolhe uma língua estrangeira. Se tiver estudado apenas uma língua estrangeira no ensino básico, inicia obrigatoriamente uma segunda língua no ensino secundário. No caso de o aluno iniciar uma língua, tomando em conta a disponibilidade da escola, pode cumulativamente dar continuidade à Língua Estrangeira I como disciplina facultativa, com aceitação expressa do acréscimo de carga horária. (b) O aluno escolhe duas disciplinas bienais. (c) (d) O aluno escolhe duas disciplinas anuais, sendo uma delas obrigatoriamente do conjunto de opções (c). (e) Oferta dependente do projecto educativo da escola. (f) A área de projecto é assegurada por um professor. (g) Disciplina de frequência facultativa. (*) O aluno deve escolher a língua estrangeira estudada na componente de formação geral, no 10º e 11º anos de escolaridade.

Links
Organização Curricular dos Cursos Científico-Humanísticos
(Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação)

Oferta Formativa dos Cursos Científico-Humanísticos
(Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação)

ENSINO QUALIFICANTE

O QUE É O ENSINO QUALIFICANTE?

O ensino qualificante integra cursos profissionalmente qualificantes, orientados numa dupla perspectiva: a inserção no mundo do trabalho e o prosseguimento de estudos para os cursos pós-secundários de especialização tecnológico (nível 4) e/ou para o ensino superior. Os cursos que integram este tipo de ensino têm uma componente prática mais acentuada que os cursos do ensino não qualificante. Têm a duração de três anos lectivos, correspondentes aos 10º, 11º e 12º anos de escolaridade e conferem, para além do diploma de estudos secundários, o diploma de qualificação profissional de nível 3.

Para conclusão dos cursos abrangidos por este ensino, os alunos estão sujeitos a uma avaliação sumativa interna atribuída pelos professores/formadores.

Os locais onde é possível encontrar este tipo de ensino varia consoante a especificidade dos cursos qualificantes, por exemplo, pode existir em algumas escolas públicas e privadas, nos centros do Instituto de Emprego e de Formação Profissional (IEFP), etc..


Em síntese…

Duração         3 Anos

Certificação   12º ano de escolaridade + diploma de qualificação profissional de Nível 3

Objectivo        Inserção no mercado de trabalho; seguir cursos pós-secundários de
                       especialização tecnológica ou do Ensino Superior

Cursos            
                        • Cursos Tecnológicos
                        • Cursos Artísticos Especializados                       
                        • Cursos Profissionais
                        • Cursos de Educação e Formação (CEF)
                        • Cursos de Aprendizagem
                        • Cursos das Escolas de Hotelaria e Turismo

CURSOS TECNOLÓGICOS

O QUE SÃO?

Os cursos tecnológicos são profissionalmente qualificantes e estão orientados numa dupla perspectiva: a inserção no mundo do trabalho e o prosseguimento de estudos para os cursos pós-secundários de especialização tecnológica (nível 4) e para o ensino superior.

QUEM SÃO OS DESTINATÁRIOS?

Destinam-se a alunos que concluíram o 9º ano de escolaridade ou equivalente que pretendam obter uma formação de nível secundário e uma qualificação profissional de nível intermédio.

QUAL A CERTIFICAÇÃO?

Diploma de conclusão do ensino secundário e um certificado de qualificação profissional de nível 3.

ONDE SÃO MINISTRADOS?

Nas escolas públicas ou particulares com ensino secundário.

                                                                 QUAIS OS CURSOS ESPECÍFICOS?

Existem dez Cursos Tecnológicos que funcionam nas escolas da rede pública do ensino secundário:

• Curso de Construção Civil e Edificações
• Curso de Electrotecnia e Electrónica
• Curso de Informática
• Curso de Ordenamento do Território e Ambiente
• Curso de Design de Equipamento
• Curso de Multimédia
• Curso de Marketing
• Curso de Administração
• Curso de Acção Social
• Curso de Desporto

O Curso Tecnológico de Desporto está disponível apenas nas escolas da rede pública.


Link

Operacionalização dos cursos tecnológicos – Guia das orientações
(Objectivos dos cursos, as áreas onde estão inseridos, uma breve descrição dos cursos, saídas profissionais, etc.)


Plano de Estudos:

A estrutura curricular destes cursos organiza-se por módulos, o que permite uma maior flexibilidade e respeito pelos ritmos individuais de aprendizagem. O plano de estudos inclui três componentes de formação:

• Sociocultural;
• Científica;
• Técnica.

Matriz Curricular (Ciclo de formação de 3 anos)

CursosFORMAÇÃO GERAL
comum a todos os cursos
10º/11º/12º anos: Português e Educação Física 
10º/11º anos: Língua Estrangeira I ou II e Filosofia 
10º ano: Tecnologias de Informação e Comunicação
Formação científicaFormação tecnológicaFormação tecnológica integrada
Construção Civil e Edificações10º/11º/12º anos
Matemática B

10º/11º anos
Física e Química B
10º/11º/12º anos
Tecnologias de Construção
Desenho de Construção

10º/11º anos
Práticas de Construção
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Computação Gráfica e Orçamentação
Planeamento e Condução de Obra
Prevenção e Segurança na Construção
Electrotecnia/ Electrónica10º/11º/12º anos
Matemática B

10º/11º anos
Física e Química B
10º/11º/12º anos
Sistemas Analógicos e Digitais
Práticas Laboratorias de Electrotecnia e Electrónica

10º/11º anos
Aplicações Tecnológicas de Electrotecnia e Electrónica
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Práticas de Instalações Eléctricas
Práticas de Electrónica
Telecomunicações

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Técnicas de Gestão de Base de Dados
Planeamento, Montagem e Manutenção de Redes e Equipamentos Informáticos
Informática10º/11º/12º anos
Matemática B

10º/11º anos
Física e Química B
10º/11º/12º anos
Tecnologias Informáticas
Bases de Programação

10º/11º anos
Aplicações Informáticas A
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Técnicas de Gestão deBase de Dados
Planeamento, Montagem e Manutenção de Redes e Equipamentos Informáticos
Design de Equipamento10º/11º/12º anos
História das Artes 

10º/11º anos
Geometria Descritiva B
10º/11º/12º anos
Desenho B
Tecnologias do Equipamento

10º/11º anos
Oficina de Design de Equipamento
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Oficina de Design de Mobiliário
Oficina de Design Cerâmico
Multimédia10º/11º/12º anos
História das Artes

10º/11º anos
Geometria Descritiva B
10º/11º/12º anos
Desenho B
Tecnologias do Multimédia

10º/11º anos
Oficina de Multimédia A
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Oficina de Animação Multimédia
Oficina de Design Multimédia
Administração10º/11º/12º anos
Matemática B

10º/11º anos
Economia B
10º/11º/12º anos
Organização e Gestão Empresarial
Contabilidade

10º/11º anos
Técnicas Administrativas
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Práticas de Contabilidade e Gestão
Práticas de Secretariado
Marketing10º/11º/12º anos
Matemática B

10º/11º anos
Economia B
10º/11º/12º anos
Introdução ao Marketing
Comércio e Distribuição

10º/11º anos
Técnicas Comerciais
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
 (a escolher uma)
Técnicas de Marketing
Técnicas de Venda
Ordenamento do Território e Ambiente10º/11º/12º anos
Geografia B

10º/11º anos
Ecologia
10º/11º/12º anos
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
Sistemas de Informação Aplicada

10º/11º anos
Técnicas de Ordenamento do Território
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
Sistemas de Informação Geográfica
Espaços Naturais e Educação Ambiental
Acção Social10º/11º/12º anos
Psicologia A

10º/11º anos 
História B
10º/11º/12º anos
Saúde e Socorrismo
Técnicas de Expressão e Comunicação

10º/11º anos
Práticas de Acção Social
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
 (a escolher uma)
Práticas de Animação Sociocultural
Práticas de Apoio Social
Desporto10º/11º/12º anos
Matemática B

10º/11º anos
Biologia Humana
10º/11º/12º anos
Psicologia A
Organização e Desenvolvimento Desportivo

10º/11º anos
Práticas Desportivas e Recreativas
12º ano
Projecto Tecnológico
Estágio

Disciplinas de especificação
(a escolher uma)
  Práticas de Dinamização Desportiva
Práticas de Organização Desportiva
10º/11º/12º anos Educação Moral e Religiosa
a) O aluno deverá dar continuidade a uma das línguas estrangeiras estudadas no ensino básico. Se tiver estudado apenas uma língua estrangeira, iniciará obrigatoriamente uma segunda língua no ensino secundário. Neste caso, tomando em conta a disponibilidade da escola, o aluno poderá cumulativamente dar continuidade à língua estrangeira I como disciplina facultativa, com aceitação expressa do acréscimo de carga horária
b) Disciplina de frequência facultativa