terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fazer para participar...


Apoiar os alunos no seu processo de desenvolvimento vocacional.

O desenvolvimento vocacional é um dos aspectos importantes na construção da identidade de cada pessoa e do seu desenvolvimento pessoal e social.

Neste processo de crescimento e de desenvolvimento, surgem as posturas críticas, as   dúvidas, as questões, os conflitos consigo próprio e com o que o rodeia, e o jovem começa a procurar o seu próprio percurso, a desejar e a  precisar de decidir autonomamente, até porque a consciencialização das suas mudanças, das suas capacidades para reflectir e até de tomar decisões. A influência dos grupos e dos amigos nas tomadas de decisão é grande e inevitável, mas é também importante que estas sejam partilhadas com a família e acompanhadas por ela.

O papel da  família é muito importante em todo este processo, cabendo-lhe participar de uma forma activa e personalizada no desenvolvimento maturativo do jovem proporcionando-lhe vivências que sejam facilitadoras da aquisição e desenvolvimento de competências fundamentais para a sua integração na vida profissional e laboral.

Este papel tão importante da família não lhe exige a prática de tarefas complexas, sendo apenas importante que se partilhem as vivências dos membros trabalhadores, acerca dos seus locais de trabalho, das actividades profissionais, que se converse acerca das dúvidas, das dificuldades, dos contratempos, dos desafios e dos ganhos profissionais de cada um, dos inevitáveis esforços de adaptação às mudanças (como das alternativas e aos percursos profissionais).

A tendência actual do mercado de trabalho é a da maior diversificação de actividades, de funções, de ocupações profissionais e de locais de trabalho. esta mudança constante a que se assiste, faz com que o mercado de trabalho seja cada vez mais complexo e exigente. Face a esta realidade, temos que nos consciencializar de que a formação inicial necessária e exigida para muitos postos vem a ser cada vez mais profissionalizada, aumenta o tempo de escolaridade obrigatória, e a aprendizagem não se limita à feita na escola ou na faculdade, mas assume um carácter de continuidade de educação e formação ao longo da vida profissionalmente activa, sem as quais será impossível acompanhar os desenvolvimentos da ciência, tecnologia e sociais.

Concluído o 9º ano de escolaridade os jovens têm que fazer escolhas, prosseguir os teus estudos ou optar por procurar empregos, ou seguir o ensino qualificante ou não qualificante. Mas estas escolhas não são feitas apenas quando concluído o ano, têm que ser pensadas ao longo do tempo, para que o processo de tomada de decisão vocacional seja o mais adequado a cada um, e nele cada jovem terá de assumir as suas próprias responsabilidades e participar activamente,  ainda que possam contar com a colaboração da família, dos amigos, dos docentes e dos psicólogos, mas a decisão é sempre pessoal.

As decisões tomadas no final do 9º ano de escolaridade, devem ter em conta os interesses e aptidões do jovem, os seus projectos escolares e profissionais e o seu auto-conhecimento. As decisões não são irreversíveis,  pois é sempre possível reformular opções e alternativas, mas têm consequências de que o jovem deve ter  consciência (conhecimento pelas alternativas disponíveis), desde que toma a decisão inicial.
Para que haja uma adequada tomada de decisão o jovem precisa de:  traçar os seus próprios objectivos (a curto e a longo prazos), recolher informação, avaliar as alternativas ... (quanto mais, maior a liberdade de escolha), fazer opções e avaliação da escolha (das consequências).

O papel da família e do encarregado de educação é orientar, que significa guiar, não significa escolher pelo jovem ou escolher para ele, quer dizer estar presente,  motivar,  realçar os aspectos positivos do jovem,  apoiar as suas opções, para que ele tenha a possibilidade de tomar uma decisão ponderada, coerente e reflectida.

É importante que a família encoraje o jovem a fazer uma exploração planeada em vez de esperar apenas pela tomada de decisão relativamente à formação e/ou profissão pretendida. O mais importante não é o jovem ser capaz de dizer o que quer ser, é  saber porque que é quer ser aquilo. O mais importante é a forma como o jovem se implica, envolve e participa, com o objectivo de se descobrir e conhecer a si próprio e de construir um projecto de vida seu e para si. Com o apoio da família, o jovem é capaz de efectuar uma exploração planeada e de, identificar da melhor forma a tarefa de escolher uma profissão.

Ajude o jovem a construir o seu projecto de vida:
- Encorajando-o a descobrir os seus interesses (o que gosta mais e menos) e capacidades (para que tem mais jeito), através das diferentes actividades diárias;
- Sensibilizando-o e ajudando-o a descobrir a realidade profissional envolvente, por exemplo, na sua empresa, ou junto de familiares e amigos;
- Proporcionando-lhe oportunidades de contacto com diferentes áreas profissionais;
- Valorizando as suas ideias, e opções, discutindo-as de forma aberta;
- Encorajando-o sempre que alguma coisa não corra bem, e incitando-o a tentar de novo;
- Apoiando-o na pesquisa de informação, como forma de se manter actualizado.

Os pais/encarregados de educação que pretendam agendar um atendimento deverão fazê-lo por telefone (ver contactos).

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